Carlos Anjos
Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de CrimesPor norma, os burlões são pessoas simpáticas, bem vestidas, educadas e cultas, que se aproveitam da ganância dos burlados. Foi sempre assim ao longo da história do crime e assim será. Nenhum burlão, por mais inteligente e esperto que seja, consegue enganar um indivíduo se este não for ganancioso e até um pouco sem escrúpulos. Existem investigadores, que há anos se dedicam a estes crimes, que, meio a sério, meio a brincar, defendem que na burla está um criminoso em potência de cada lado da barricada. O mais esperto acaba por enganar o outro. Tudo isto por causa do caso Rui Pires Salvador, presidente da LibertaGia, acusado de ter enganado mais de 3 milhões de pessoas em 26 países, burla no valor de milhões de euros. A ser verdade, é de homem. Mas o esquema é aparentemente simples: burla em pirâmide. Parece que prometia rentabilidades de 350%, a troco da simples análise de anúncios na internet e de uns simples ‘clicks’. Mas como é possível acreditar numa história destas? Será que alguém acredita em negócios com esta margem de lucro? Não compreendo, com tantos casos, ainda haver quem acredite nestas ilusões.
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Em 29 estados da Europa, só dois não têm a pena de prisão perpétua.
Este caso remete-nos para a finitude da vida e para a incapacidade da ciência em resolver todos os casos.
Prisão preventiva é a única medida de coação que protege a sociedade.
Provados os crimes, devem ser exemplarmente punidos.
Este é o crime do homem comum, crime que infelizmente, pode ser cometido pelo nosso melhor amigo.
Não pode haver contemplações e muito menos desculpas para este tipo de comportamentos.