Carlos Anjos
Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de CrimesO país ficou incrédulo com o miúdo de 14 anos, que assassinou a mãe, vereadora da Câmara de Vagos. O que leva, um miúdo bem integrado na sociedade, do nada, e apenas pelo facto de “a mãe ser chata”, ir ao cofre buscar a pistola do pai, e à traição, dar um tiro na cabeça da mãe, para de seguida, adulterar o cenário do crime, para levar a Polícia a pensar que teria sido um roubo que correu mal? Todos nós temos dificuldade em processar este nível de maldade, esta falta de empatia, este egocentrismo extremado, frio, vindo de alguém que não admite ser contrariado, sem emoções, num adulto. Mas imaginar tudo isto num miúdo de 14 anos, é terrível. A forma insensível como confessou ter executado a mãe é brutal, como brutal, foi o seu comportamento depois do crime, tendo atuado de forma fria na ocultação do mesmo. Mas se pensarmos bem, a raiz deste mal está instalada há muito na nossa sociedade e nada se fez para a parar. Entre 2022 e 2024, o número de país agredidos pelos filhos tem vindo a aumentar, registando-se 815 agressões no primeiro ano, 962 no ano seguinte e 1036 em 2024. As mães são as maiores vítimas, como neste caso. Era bom que os decisores políticos olhassem para esta realidade, a aceitassem e tomassem medidas rápidas para a combater, ou estes casos limite, irão aumentar no futuro.
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A raiz deste mal está instalada há muito na nossa sociedade e nada se fez para a parar.
Este tipo de crimes, a horas tardias e na sequência de discussões estúpidas, sempre existiu e é impossível de prever.
Devem ser tratados como aquilo que são; não como sportinguistas mas como criminosos.
Este tipo de medidas, destina-se a proteger a sociedade de indivíduos perigosos, de criminosos por tendência.
Percebemos que aquele funicular era uma bomba relógio.
Mais do que um caso criminal, é um caso social.
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