Carlos Anjos
Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de CrimesDepois da tragédia de 2017, os incêndios florestais voltam a matar em Portugal. Este ano, o número de mortos ultrapassa a dezena. O Primeiro-ministro e bem, veio dizer que "não podemos perdoar a quem não tem perdão" e que "Nós não vamos largar estes criminosos". Precisou ainda que vai reunir com a Ministra da Justiça, e com a PJ, para criar uma equipa especializada direcionada à investigação criminal dos incêndios florestais. A ideia é boa, mas a causa desta catástrofe não está na investigação. Poderá estar na punição. Todos os anos PJ e GNR detém cerca de uma centena de incendiários e apenas uma ínfima parte destes é condenada a prisão efetiva. A maioria das penas são suspensas, sendo que a reincidência neste tipo de crime é grande. Por isso, a medida não resolve o problema. O problema nunca esteve na repressão, mas na prevenção. Temos de ser mais atuantes. Sabemos que não podemos influenciar o clima. Assim, temos de influenciar aquilo que podemos, ou seja, a gestão da floresta, impedindo que ali exista todo aquele combustível. Se nada fizermos, os resultados serão estes. É na floresta que temos de intervir se quisermos ter outros resultados. A repressão é uma das premissas do combate, mas ela ocorre sempre depois do crime ter sido cometido e o que nós queremos é evitar é esse crime.
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Devem ser tratados como aquilo que são; não como sportinguistas mas como criminosos.
Este tipo de medidas, destina-se a proteger a sociedade de indivíduos perigosos, de criminosos por tendência.
Percebemos que aquele funicular era uma bomba relógio.
Mais do que um caso criminal, é um caso social.
Neste ano falhamos na prevenção de forma estrondosa.
Perturbação tem sido causa de homicídios em contexto de violência doméstica.
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