O arranque dos jacarandás em Lisboa é uma provocação à Primavera. Uma estultice deste tempo em que “a humanidade abriu as portas do inferno”, disse António Guterres a propósito dos efeitos do aquecimento global, mas poderia ser sobre qualquer outra coisa. O sentido figurado da expressão pode ser aplicado a um vasto leque de acontecimentos. À população da Faixa de Gaza aniquilada pelas bombas. Aos ucranianos, agora mortificados pela adaptação rasca da realidade a um filme de vilões que dividem os despojos da guerra entre si. Também já temos super-ricos que mandam construir abrigos antinucleares de luxo. E recomendações de Bruxelas para termos um kit de emergência para 72 horas. Parece que estamos todos num filme mau, e é domingo à tarde. O ciclone Jude provocou pelo menos 41 mortos em Nampula. Em Myanmar, mais de duas mil vítimas são já certas, numa catástrofe anunciada como a pior de sempre. Cerca de 28 milhões enfrentam fome aguda na República Democrática do Congo. Mil e duzentos carateres não chegam para justificar porque é que este é um tempo que não se recomenda. Portanto, alvíssaras ao coletivo de juízes que, no âmbito do julgamento por desvio de fundos do Parlamento Europeu, condenou Le Pen.
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