Fernanda Cachão
Editora da Correio DomingoSoubemos agora que a lista com os nomes de origem árabe dos alunos de uma escola foi afinal descoberta na internet e levada para o Parlamento – sem qualquer confirmação. Peca o líder partidário como a deputada do mesmo partido que primeiro usou nomes de menores para dizer que eles e os seus pais não têm lugar em Portugal. Não altera o ato a probabilidade de a lista ser falsa. Importa sim a confirmação - novamente - de que a trincheira entre a verdade e a mentira é hoje, para muitos, rasa. E se servissem para o mesmo fim os nomes dos Zezinhos, as Mariazinhas e dos Carlinhos dos Silvas, dos Costas e dos Antunes que saíram do país?!... As portarias de Paris e o porto e as fábricas de Hamburgo estão para os portugueses como hoje os serviços de take-away urbanos ou as estufas alentejanas estão para parte dos brasileiros e dos bangladeshianos em Portugal. Atrasar a oportunidade de reagrupamento familiar ou alterar a lei da naturalidade não são políticas de integração, nem têm efeito útil a regulação migratória, no combate às redes ilegais de tráfico humano ou sequer impedem que explorados se amontoem em caves com a cumplicidade de senhorios - e de todos nós, que os vemos.
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