Francisco Moura emerge

O modelo tático adotado pelo treinador Martín Anselmi desde a chegada ao FC Porto parece um fato feito à medida do corpo de Francisco Moura. Mesmo não tendo sido exuberante no jogo com o Farense, o ala-esquerdo foi decisivo, com um golo que devolveu a equipa ao trilho das vitórias, após uma errância de cinco jogos na liga sem ganhar. Um lance ferido de legalidade? Sem dúvida. É clara e óbvia a falta sobre Yusupha. Mas da incompetência de quem julga não tem ele culpa. E assim o canhoto de 25 anos que os azuis-e-brancos contrataram no último dia do último mercado de verão por 5 milhões de euros voltou a ser figura em destaque na equipa, poucos dias depois de ter sido ele a marcar o golo no empate com a Roma, que mantém o FC Porto vivo na Liga Europa. O bis no conjunto dos dois jogos, no fundo, é a expressão da dinâmica de Francisco Moura, que já no clube anterior, o Famalicão, e até no Sp. Braga, onde foi formado, mostrava boa relação com o golo. Mas também com as assistências (seis nesta época). O que é sempre um cartão de recomendação para quem tem a dupla função de defender e atacar pelo flanco.