page view
Miguel Azevedo

Miguel Azevedo

Jornalista

Os medos naturais de uma nova era

12 de janeiro de 2024 às 00:30

Embora divida opiniões, a era da Inteligência Artificial (IA) está em curso. E é irreversível. Tem-se assistido à excitação por um mundo novo mas também à negação e ao medo. Na cultura, isso tem sido visível, tendo a IA sido um dos motivos pelos quais os atores e argumentistas de Hollywood fizeram já uma longa greve que ameaçou a indústria. Na música, Drake já se mostrou incomodado por processos que imitam a sua voz, Ice Cube considerou a IA "demoníaca", Sting acredita que nunca substituirá os humanos (eu também), Nick Cave considerou-a "uma merda", a editora Universal pediu ao Spotify para impedir o acesso daqueles que pretendem enriquecer os programas de IA... e até o Parlamento Europeu e a UNESCO já se pronunciaram. Na semana passada soube-se que Elvis Presley vai voltar aos palcos, 47 após a sua morte, graças à IA que nos últimos anos já ‘ressuscitou’ Kurt Cobain, Amy Winehouse, Jimmy Hendrix ou Jim Morrison. Já no ano passado, um anúncio da Volkswagen a celebrar os 70 anos no Brasil gerou polémica por ter recorrido à IA e ter colocado Elis Regina (40 anos após a morte) a cantar com a filha Maria Rita. A histeria foi tal que houve um processo de investigação para avaliar se seria ético usar a IA para trazer uma pessoa morta de volta à vida. Alarmes à parte, e reconhecendo a urgência de nova legislação para proteger os direitos de autor, prefiro alinhar pela ideia, que já alguns defendem, de uma nova era na produção musical, de novas possibilidades criativas e de fonte inesgotável de ideias.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

O Correio da Manhã para quem quer MAIS

Icon sem limites

Sem
Limites

Icon Sem pop ups

Sem
POP-UPS

icon ofertas e descontos

Ofertas e
Descontos

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8