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João Pereira Coutinho

João Pereira Coutinho

Coxos e marrecos

17 de dezembro de 2016 às 00:30

Ricardo Araújo Pereira afirmou numa entrevista: "Hoje não se poderia fazer um sketch sobre marrecos, coxos e mariconços". A frase está errada. É possível fazer piadas com marrecos e coxos.

Para começar, os próprios não se queixaram. E, para acabar, as figuras públicas que criticaram o humorista e defenderam os mariconços não tiveram uma palavra de simpatia pelo destino dos marrecos e dos coxos. Como explicar isto? Alguns, com grotesca insensibilidade, dirão que coxos e marrecos não são tão mariquinhas como os mariconços. Duvido. O silêncio só pode ser explicado pela rejeição que ainda existe de coxos e marrecos.

O que fazer? Pessoalmente, só vejo uma solução: os coxos e os marrecos tornarem-se mariconços para terem o selo autenticado de ‘vítimas de preconceito’.

Em Portugal, o Corcunda de Notre Dame só teria hipóteses se deixasse o badalo da igreja e puxasse os badalos de outras capelinhas.

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