Na novela dos três Salazares, há etapas distintas. Primeira etapa: as palavras de André Ventura de que só trigémeos de Santa Comba endireitavam o país. Segunda etapa: as reacções às palavras. Terceira etapa: as reacções às reacções. A primeira etapa explica-se com os maus resultados das autárquicas: é preciso agitar as águas para levar Ventura até à segunda volta das presidenciais. Na etapa seguinte, o cardume engole o isco e amplifica a mensagem até à insanidade. Na terceira etapa, entram os moralistas com o seu sermão aos peixes, avisando para os perigos do anzol. Em vão. A campanha involuntária por Ventura já foi feita – e este, contente e anafado, pensará em novos iscos para reiniciar a pescaria. Até Janeiro, vai ser este o filme – e não é de excluir que tenhamos mais um Salazar por semana para acrescentar aos três iniciais. Pelas minhas contas, Portugal vai precisar de quinze Salazares.
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Tempos houve em que Gouveia e Melo limpava as presidenciais à primeira. Eram tempos em que o almirante usava a farda, não a fala.
A campanha involuntária por Ventura já foi feita – e este, contente e anafado, pensará em novos iscos para reiniciar a pescaria.
Compreendo os ‘progressistas’: apanhados pela armadilha de Ventura, têm de redobrar o seu esforço na defesa do indefensável.
Sob a capa bondosa do progressismo, do ecologismo e do europeísmo, o ‘centralismo democrático’ do Livre está bem e recomenda-se.
Se tivesse dependido dos camaradas, jamais o dr. Balsemão teria tido o seu canal privado.
Ao meter demasiada carga a bombordo, o navio do almirante arrisca naufragar a estibordo.
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