Luís Tomé
Professor Catedrático de Relações InternacionaisA Cimeira entre Trump e Putin é um desejo antigo de ambos em nome de uma “paz” à custa da Ucrânia: o Presidente da Rússia, país agressor, conta com Trump para alcançar o que não conseguiu em três anos e meio de guerra; Trump, o “mediador”, quer desembaçar-se da guerra Russo-Ucraniana a qualquer preço, primeiro percebendo o que satisfaz Putin para depois o impor à Ucrânia e à Europa. Ao reunir com Putin sem pré-condições, ainda para mais no Alasca, EUA, excluindo Zelensky e dirigentes europeus e “oferecendo” à Rússia, logo à partida, territórios ucranianos à revelia de Kyiv, Trump enfraquece a posição da Ucrânia e dos seus aliados, rompe a unidade Ocidente–Ucrânia, legitima as exigências maximalistas da Rússia e o estatuto internacional de Putin, e dá mais tempo e margem a Moscovo para “manobras”. Confirma-se, portanto, que o “desapontamento” com Putin e as ameaças de sanções foram apenas parte do ilusionismo Trumpiano. Putin não tem de ceder nada nem precisa, pois Trump dá-lhe tudo. Muito ainda pode acontecer até dia 15, mas a confirmar-se que Trump e Putin reúnem a sós, será contra a Ucrânia - não teremos é uma paz justa e duradoura.
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