Foi o brasão, o lema, a paixão de João Paulo II. Totus tuus: Todo teu, Maria. Foi a consagração da sua vida a Nossa Senhora. Era a expressão da dádiva completa, de nada lhe pertencer de corpo e alma, porque tudo foi entregue à Mãe de Jesus.
Alguns chegaram a considerar "excêntrico" este tipo de espiritualidade, porque o centro é Cristo. E o Concílio acentuou essa centralidade na vida de cada cristão. Mas João Paulo II também tinha a sua história ligada à Mãe de Jesus e viveu intensamente a Senhora de Chestochova – a Fátima do povo polaco.
Por isso também entendeu Fátima quando notou que a bala, que o atravessara e que por um nada não lhe retirou a vida, aconteceu a 13 de Maio. E quis saber mais da Cova da Iria. Um ano após o atentado -1982 – decide vir a Fátima como peregrino.
Volta em 1991 e no ano 2000 está de novo em Fátima. Integra-se por no terceiro segredo que referia um atentado ao "homem vestido de branco". Beatifica os pastorinhos e abre a porta para a canonização que acontecerá amanhã.
Não constitui exagero dizer que S. João Paulo II é o Papa de Fátima. Ele próprio se integra nas revelações de 13 de Maio. Do outro lado celebra connosco o centenário.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Ninguém se glorie de este vírus lhe não passar pela porta.
A nossa vida anda repleta de perguntas a que às vezes chamamos mistério.
Por muito bons que sejam os nossos horóscopos, do futuro só sabemos que virá.
A natureza sabe o que quer e aceita agora o frio, a chuva e o vento.
Quando parte, o peregrino nunca sabe se volta, mesmo que tenha o regresso marcado.
Sabemos que a comunicação, também a social, nasceu mais para o abraço do que para a agressão.