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Rui Pereira

Rui Pereira

Professor universitário

Ardeu sem se ver

09 de agosto de 2025 às 00:30

O rito do verão é conhecido. Inclui indicação de área ardida, número de ignições e meios envolvidos (sobretudo aéreos). Declarações confiantes contrastam com o desespero de “populares”, que tentam salvar pessoas, animais e haveres com baldes de água, pedindo meios. Comentadores discreteiam sobre a complexidade do tema, perorando sobre alterações climáticas, desertificação e natalidade. Há anos em que o rito muda, como o terrível 2017, em que 114 pessoas perderam a vida. Há realidades elementares que o poder político persiste em não compreender, como a necessidade de criar uma entidade política coordenadora distrital, na falta dos governadores civis precipitadamente extintos e enquanto não se avança para a regionalização. Ou a necessidade de prestar outra atenção aos meios aéreos, através de um investimento sério e programado (talvez tenha chegado a hora de o fazer, à boleia do “Diktat” de Trump). Ou a urgência de alargar o número de bombeiros profissionais e reforçar o financiamento dos voluntários. Mas sejamos francos: já sem falar em clima, o fogo começou, sem se ver, quando abandonámos o interior e trocámos a agricultura e a pecuária pelo ouro da Europa.

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