Óculos escuros injustificados pelo sol e porte militar rígido terão gerado em mais do que um eleitor, nos idos de 1976, a conclusão precipitada de que António Ramalho Eanes, o general que não quis ser marechal por modéstia, seria de direita. A história repete-se, mas, se não houve tragédia há cinquenta anos, nada prenuncia agora uma farsa. Henrique Gouveia e Melo já anunciou de forma vocal (abominável “anglicismo” falsificado a partir do latim) que não é de direita, mas sim de esquerda ou centro-esquerda, revelando o sentido do seu voto e invocando Mário Soares como "testemunha abonatória". Há razões para duvidar? Não abundam pessoas de direita que se digam de esquerda e vice-versa, ressalvando situações de ditadura ou revolução. Resta, pois, apurar o que significa esta profissão de fé, tendo em conta a indeterminação de conceitos. Ora, no mínimo, ela deverá exprimir concordância com o regime democrático, o catálogo de direitos fundamentais (laborais incluídos) e o estado social tal como estão consagrados constitucionalmente. Por isso, jamais o Chega, que repudia a Constituição e os seus cinquenta anos de vigência, o poderia apoiar.
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