Não são claras as circunstâncias da morte de Odair Moniz. De concreto, sabe-se que foi baleado mortalmente por um agente da PSP. Terá o polícia agido em legítima defesa? Em excesso de legítima defesa? Sentiu medo, talvez pela sua juventude e, eventualmente, inexperiência, e precipitou-se? Mesmo que se constate que o auto de notícia elaborado pela PSP se afasta da realidade, poderemos nunca saber o que realmente aconteceu. A prova testemunhal não será grande, pela hora e o lugar a que ocorreu o sucedido, e as imagens de vídeo - se existem - podem não ser esclarecedores. Certo é que, nesta altura, já podíamos saber o que se passou, caso os agentes da PSP estivessem equipados com ‘bodycams’. Com o aparelho de filmar na lapela, saberíamos o que disse o polícia e a vítima, como reagiu o colega do polícia e, sobretudo, o que levou o agente a disparar. Mas mais ainda. Esta morte poderia ter sido evitada, se os polícias tivessem as chamadas ‘taser’ - armas de choque elétrico, que incapacita temporariamente o alvo. Têm-se levantado dúvidas sobre a sua utilização, mas certamente que será mais recomendável do que disparar balas reais em casos como aquele que ocorreu com Odair, na Cova da Moura. Estranho que, mesmo perante um episódio como este, tanto as ‘bodycams’ como as ‘taser’ estejam afastadas da discussão e das prioridades.
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