O próximo secretário-geral do PS apresenta-se como um líder combativo, mas não guerrilheiro, capaz de enfrentar os desafios que inquietam a sociedade portuguesa sem meter o socialismo na gaveta, e com a promessa de estar atento às vozes e reflexões internas. Um homem de equilíbrios, que propõem pactos de regime, que vai deixar governar, mas com sentido crítico e apresentando alternativas.
Não tem um discurso empolgante, é certo, mas mostra convicção e empenho em recuperar os eleitores perdidos para a direita e fazer do PS, novamente, um partido ganhador. Será bem sucedido?
Num país cada vez mais inclinado à direita, onde sente que questões como a segurança, imigração e justiça têm uma capacidade de resposta maior e mais eficaz do que a esquerda pode dar, não será fácil ao sucessor de Pedro Nuno inverter a tendência e apresentar soluções diferentes que convençam o eleitorado, sobretudo os mais jovens.
Mas tudo vai depender da postura do PS na oposição. Se, como assegura José Luís Carneiro, o partido avançar com projetos realistas, mobilizadores, que os portugueses sintam que podem resolver os seus problemas; se não for mais do mesmo, com sabor a propaganda, é possível que o PS ressuscite.
Agora, se cair na tentação de se tornar um partido cooperante a troco de pequenas vitórias, como tem dado a entender, a bem da estabilidade, não auguro nada de bom. Basta olhar à esquerda e ver o que aconteceu ao BE e PCP depois da geringonça. Hoje cabem num táxi.
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