Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoAs medidas anunciadas do pacote de habitação são positivas. Nota-se um esforço para dinamizar o mercado e aliviar a carga de compradores, senhorios e inquilinos. São incentivos importantes que podem impulsionar a construção de casas e a recuperação de património imobiliário até agora desleixado e tornam ainda mais apetecível o investimento para o mercado de arrendamento. Mas também, tal como aconteceu com a isenção fiscal para os jovens, que acabou por aquecer ainda mais os preços, há o risco dos promotores e construtores absorverem a poupança com o IVA e não existir nenhum embaratecimento das casas. Não bastam boas intenções e enquanto a oferta for insuficiente os preços exigidos continuarão a ser estratosféricos, mantendo a situação insustentável de Portugal ser dos países onde é preciso trabalhar mais tempo para ter acesso a uma habitação digna. Mais oferta de casas exige também uma resposta mais adequada e célere das autarquias, quer nos prazos de licenciamentos, quer na oferta de habitação pública. E há outro fator crítico, a falta de empresas e mão de obra especializada. A crise das dívidas soberanas que levou ao resgate da troika levou ao desaparecimento de um tecido empresarial que tinha saber e transmitia experiência.
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