A segurança dos cidadãos, a saúde e a habitação foram os grandes flops do Governo Montenegro. A lengalenga do País seguro esbarrou nos números do RASI, que dão conta de um aumento da criminalidade violenta. A saúde estava em coma e em coma ficou. Habitação não havia e continua a não haver. Quer dizer, haver há, mas só para alguns, muito poucos, que os salários não acompanharam a subida astronómica do preço das rendas e do valor dos imóveis. Daí que seja difícil acreditar nas propostas constantes no programa da AD nestas três áreas fundamentais, onde falhou tudo.
Lê-se, por exemplo, que é intenção colocar mais polícias na rua, combater a violência doméstica e prevenir e combater a corrupção. Pergunta: porque é que nada disto foi feito? Na saúde, há a promessa de médicos de família para todos. Alguém acredita? O número de utentes sem médico de família aumentou em perto de 30 mil nos primeiros três meses deste ano, já ultrapassa os 1,5 milhões.
Na habitação fala-se em estimular o arrendamento e na construção de 59 mil casas públicas. Interessante não ser um número redondo, não sei como se chegou aos 59 mil, mas o efeito é o mesmo.
O problema é mais profundo e só se resolve com a intervenção musculada do Estado, que até agora não se viu, que ponha ordem no setor. Dir-se-à que os programas eleitorais são o que são e que todos os partidos vão sempre mais além. Mas, mesmo no domínio da fantasia, há limites.
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