Partido lamentou que o anúncio do vice-presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) "tenha sido vazio de concretização".
O líder do BE/Açores exigiu, esta quarta-feira, o "pagamento imediato" dos salários aos 420 trabalhadores portugueses da Base das Lajes e lamentou que o anúncio do vice-presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) "tenha sido vazio de concretização".
O vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, disse na terça-feira que, se o Governo da República não adiantar os salários em atraso na Base das Lajes, o executivo açoriano assumirá esse compromisso, mas, esta quarta-feira, o líder regional do bloco e deputado no parlamento açoriano, António Lima, afirmou que os trabalhadores "continuam sem saber quando e como vão voltar a receber os seus salários".
No final de uma reunião com a Comissão Representativa dos Trabalhadores Portugueses da Base das Lajes, na Academia de Juventude da Ilha Terceira, na Praia da Vitória, o líder do BE/Açores acusou o Governo português de continuar numa "posição de submissão, em que permite que os Estados Unidos da América (EUA) tratem os Açores como uma colónia".
"Isso não pode acontecer, os EUA têm que tratar os trabalhadores portugueses com dignidade e é preciso exigir que os EUA paguem o que devem", afirmou.
Na sua opinião, o que se está a passar nos EUA, com o bloqueio orçamental, "é um problema dos EUA e não tem qualquer enquadramento legal em Portugal".
António Lima alertou também "para a situação dos 26 trabalhadores que têm contratos temporários na Base das Lajes e que vão ser todos despedidos".
Portugal "tem de exigir a criação de mecanismos ao nível da Comissão Bilateral que garantam que no futuro, perante bloqueios orçamentais nos EUA, nunca mais se voltarão a repetir estes problemas com os trabalhadores portugueses na Base das Lajes", disse.
No comunicado, o deputado e líder regional do BE açoriano refere também que, por parte dos EUA, "não está a ser cumprido o calendário de reuniões obrigatórias da Comissão Laboral nem da Comissão Bilateral".
Salientou ainda que "todos os anos repetem-se problemas com a atualização dos salários e existem trabalhadores portugueses com salário inferior ao salário mínimo".
O BE enviou perguntas, através da Assembleia da República, aos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Nacional a exigir explicações sobre estas matérias.
O partido também já aprovou, no parlamento dos Açores, uma proposta para que o Governo da República desenvolva "esforços diplomáticos imediatos junto dos EUA, com vista ao pagamento dos salários em atraso aos trabalhadores portugueses ao serviço das forças militares norte-americanas na Base das Lajes".
"É incompreensível que o Governo da República tenha estado em silêncio sobre esta situação durante duas semanas. Este assunto não se pode tratar apenas no recato das embaixadas, é preciso tratar com transparência para as pessoas saberem o que os governos estão a fazer. Se é que estão a fazer alguma coisa", afirmou António Lima.
Os salários na Base das Lajes, na ilha Terceira, são pagos quinzenalmente. A quinzena de 17 de outubro foi paga com cortes e a de 27 de outubro não foi paga.
Em causa está a introdução de uma suspensão temporária e não remunerada aplicável a funcionários públicos norte-americanos, devido à paralisação parcial da administração dos EUA por não ter sido aprovado o orçamento federal dos Estados Unidos.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Comércio, Escritórios, Turismo e Transportes (SITACEHTT) dos Açores e a Comissão Representativa dos Trabalhadores (CRT) da Base das Lajes reiteraram na terça-feira o apelo para que o Estado português siga o exemplo dos governos da Alemanha e de Espanha e adiante os salários dos trabalhadores enquanto os EUA não pagam.
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