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Biden dá "luz verde" a ataque da Rússia à Ucrânia

O presidente dos EUA causou incerteza no seio da NATO ao afirmar que uma invasão russa de pequena escala dividirá os aliados.

21 de janeiro de 2022 às 08:35

O presidente dos EUA causou esta quinta-feira alarme e perplexidade na NATO ao dar a entender que uma invasão da Ucrânia em pequena escala poderia não ter consequências pois causaria desentendimentos entre os aliados quanto à resposta a dar à Rússia. As palavras de Joe Biden, que pareceu desvalorizar o que designou como “uma incursão menor”, mereceram críticas imediatas da Ucrânia e forçaram a Casa Branca a retificar o sentido das afirmações. Outros países da NATO vieram também garantir de imediato que qualquer agressão à Ucrânia terá sérias consequências para Moscovo.

“Tudo depende do que a Rússia fizer se invadir a Ucrânia. Se for uma incursão menor, podemos acabar a discutir o que fazer ou não fazer”, afirmou Biden, fazendo soar os alarmes, por parecer uma permissão a Vladimir Putin para iniciar uma guerra de baixa intensidade.

“Isto dá luz verde a Putin para entrar na Ucrânia como bem entender”, afirmou um responsável ucraniano. Pouco depois, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi ainda mais contundente e lembrou a Biden que não há pequenas e grandes mortes na guerra.

“Se qualquer força militar russa atravessar a fronteira ucraniana, isso será uma invasão renovada e terá uma resposta unida e dura dos EUA e dos nossos aliados”, garantiu a secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, corrigindo Biden e tentando tranquilizar a Ucrânia e os aliados da NATO.

A UE reiterou a mensagem de unidade e frisou que responderá a um novo ataque “com pesadas sanções financeiras”.

Os EUA acusaram esta quinta-feira os serviços de informações russos de recrutarem políticos ucranianos pró-Moscovo para tomarem o poder em Kiev e cooperarem com as forças russas em caso de invasão.

O Departamento de Estado dos EUA autorizou a Estónia, Letónia e Lituânia a transferirem mísseis antitanque e outros meios militares americanos estacionados naqueles países para a Ucrânia.

O MNE russo, Sergei Lavrov, que hoje se reúne em Genebra com o homólogo dos EUA, garantiu que a Rússia quer uma solução pacífica para a questão da Ucrânia mas disse ver poucos sinais de acordo.

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