Uma vez, em São Vicente, Cabo Verde, perguntei a Lura se ela era dali, do Mindelo (cidade que amo tanto). Ela riu, com aquele riso bonito (os pais eram de Santo Antão e de Santiago): "Como toda a gente sabe, os cabo-verdianos nascem na Damaia." Lura tinha nascido na Maternidade Alfredo da Costa. Sara Tavares nasceu em Lisboa e, quando venceu o ‘Chuva de Estrelas’, ainda vivia no Pragal, Almada. Não é a altura para falar da voz de Sara - que era poderosa, intensa, um som nas alturas. Mas é sempre a altura para falar de Sara, que só conheceu Cabo Verde aos 16 anos (foi lá a convite de um presidente português), mas era uma das suas vozes. A Sara vive ainda no Pragal, vive em Massamá e na Damaia, na Baixa da Banheira, na Amora, à beira do Tejo ou na Buraca. A outra coisa de que temos de falar é essa coisa, a morte aos 45 anos, que é injusta e dói - como se uma pessoa chorasse a ouvir ‘Balancê’ ou ‘Coisas bunitas’. Quando a Sara Tavares (1978-2023) morrer eu ficarei triste como hoje.
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