Todos os anos, a feira do livro de Frankfurt funciona como uma espécie de barómetro para as tendências do mundo dos livros - não da literatura, que ocupa o espaço de festivais com escritores, por exemplo, mas da edição, com as suas apostas e “oportunidades de negócio”. Por isso, este ano são oficiais uma certa nostalgia e um sentimento de ‘mea culpa’, porque a edição acabou - como se previa - devorada pela sua própria fome. A ideia é que se torna cada vez mais difícil vender e publicar “literatura”. Há muitos números a acompanhar a sensação de termos entrado nessa espécie de “mundo pós-literário”, como lhe chama James Marriott, crítico do ‘Times’. Em 2007, Philip Roth falava sobre isso (deixar de ler ficção): o tempo, o foco, a concentração, as frases complexas, o dicionário, o silêncio, a troca de ideias - já não temos essa intensidade de outro tempo. Parte da edição entregou-se nos braços do TikTok e da velocidade, como se fossem vantagens. O resultado não é famoso.
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O resultado não é famoso.
Essa geração que trabalhou com Furtado será lembrada sempre que se falar da leitura pública entre nós.
Vêm aí tempos interessantes.
Discreta como um murmúrio, cobiçada como uma estrela, criou um estilo, uma beleza inconfundível que se confundia com os seus papéis.
Campanha faz barulho, não contagia. Falta quem pense. Sente-se abstenção elevada.
Não vale a pena denúncias sobre a extrema-direita se o que servimos é pouca vergonha.
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