Amanhã, 1 de novembro, passam 270 anos sobre o Grande Terramoto. O nascimento da sismologia dos nossos dias foi uma das consequências da catástrofe: era preciso averiguar as causas naturais que tinham levado à articulação do sismo e do tsunami que destruíram Lisboa, a próspera capital de um império vistoso e cobiçado. Mas, a esta distância, esquecemos que 1755 marcou para sempre o pensamento moderno e a ideia de que existe uma ordem divina responsável por todas as coisas à superfície da terra. Voltaire é um dos nomes que teremos de evocar – assim como Rousseau ou Kant, todos eles impressionados com a devastação mas também dispostos a entrar nesse debate: Deus não era responsável pela ordem das coisas humanas e procurar culpados (os pecadores, os infiéis, os judeus, como fez a igreja desses dias) era um absurdo. A ideia de que os planos de Deus nos deviam deixar tranquilos não teria doravante pernas para andar. Foi esse debate que inaugurou a modernidade e a identidade liberais europeias e nunca é tarde para o esquecermos.
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