Há uns tempos li um artigo da ‘The Atlantic’ sobre a dificuldade de alunos universitários em ler um livro. “Um.” Estatísticas? Em 1976, 40% dos estudantes do superior tinham lido cerca de seis livros num ano – contra 11% que não tinham lido um único. Passados 50 anos, a percentagem mais do que se inverteu: 65% declarou que não tinha lido sequer um livro. Vejo no ‘Times’ que há agora cursos superiores de literatura que providenciam “apoio escolar” para ensinar a ler livros (e cursos de estudos clássicos “inclusivos” em que não é preciso saber latim ou grego). Não, isto não é conversa de “elite instruída” – é receio pela sobrevivência de uma civilização. A alfabetização e a literacia estão em declínio pela primeira vez desde o século XII, ainda antes da tipografia europeia (que existia há 500 anos na China). Esquecemos frequentemente que as democracias modernas e liberais (isto em que ainda vivemos) são o resultado das sociedades altamente alfabetizadas do século XIX – e que o resultado do ‘tiktok’ é esta onda de mediocridade.
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