Como não sofro da paixão ou da mitologia de Nova Iorque, o assunto Zohran Mamdani, o novo ‘mayor’ da cidade, não me comove muito. Sim, a literatura, o cinema e a televisão estão cheios de Nova Iorque e a maior parte dos seus visitantes nem precisa de a visitar, de tal modo participam dessa mitologia – e, portanto, são eleitores de Manhattan, ou de Brooklyn e Queens, mas não de Staten Island ou do Bronx. Simplesmente, a eleição de Mamdani ultrapassa tudo isso: é muçulmano, é socialista e tem 34 anos. Tudo contradições claras. E, no entanto, merece o lugar; Nova Iorque é uma cidade velha, com os seus bilionários que leram Marx e Freud (viram a série ‘Billions’, com Paul Giamatti e Damian Lewis? – obrigatória), as suas elites cómicas, poderosas e ridículas; o seu povo radical e ‘woke’; as suas raízes culturais difusas; a sua literatura e o seu circo. Ou seja, merece o eventual desastre, o improvável sucesso. A experiência será provavelmente ruidosa mas, com toda a certeza, teremos uma série com várias temporadas.
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A literatura, o cinema e a televisão estão cheios de Nova Iorque e a maior parte dos seus visitantes nem precisa de a visitar, de tal modo participam dessa mitologia.
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