Passaram 50 anos sobre a independência dos países africanos que, até 1975, faziam parte de um pobre “império colonial português” que não soube fazer as malas a tempo. E passam também 50 anos sobre a vinda dos retornados, a ponte aérea, a fuga pelo deserto, as viagens de regresso pelo mar, memórias de abismo e perda, episódios humanos que marcarão pelo menos duas gerações de portugueses que manterão sempre nomes de outra toponímia na sua árvore genealógica. Durante anos, meio milhão de portugueses foram quase clandestinos: não tiveram direito a um passado e a uma recordação da sua felicidade; estavam na trincheira dos derrotados. Mas a verdade é que a primeira grande revolução cultural no pós-25 de Abril, antes da internet e da adesão à CEE, foi a chegada dos retornados. Mudaram tudo: a maneira de vestir, a língua constipada da “metrópole”, os hábitos de trabalho, a liberdade das mulheres, as economias locais, a gastronomia, as recordações de infância, a vida das famílias. Sim, 50 anos depois devemos-lhes muito.
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Sim, 50 anos depois devemos-lhes muito.
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