À terceira foi de vez (tínhamos de dizer isto). Manuel Pizarro tem o interessante recorde de ter sido três vezes o candidato socialista derrotado à Câmara do Porto, o que diz muito do Porto e o suficiente sobre Manuel Pizarro. Com uma campanha dirigida ao “orgulho portuense”, Pizarro teve algumas ideias para defender, mas sobretudo a de que ele era portuense de carteirinha e os outros apenas paraquedistas (mesmo tendo em conta o forte sotaque de Pedro Duarte). Erro fatal. Ocorre que, depois dos três mandatos de Rui Moreira, a cidade já tinha mostrado o seu horror ao “bairrismo tradicional”, e que era feita de gente independente. Pizarro levava na bagagem 12 anos de sede de poder - a sua e de uma vasta lista de apaniguados que já disputavam lugares e cargos à vista de todos. Pedro Duarte fez aquilo que tem dado frutos no Porto ao longo dos anos: uma campanha tranquila - será o melhor herdeiro de Rui Moreira, cuja presidência anti-pacóvia e progressista não podia chocar mais com a excitação permanente de Pizarro (cujos projetos eram uma espécie de Nuno Cardoso II). Mas será também um teste para voos inteligentes quando Montenegro partir. Herda uma cidade que preza presidências tranquilas e cosmopolitas - e, ao mesmo tempo, quer voltar para as suas fronteiras e preservar as suas novas identidades. Uma lição arrasadora.
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