Como poema, é uma construção quase perfeita; como leitura do mundo, é de um atrevimento notável. No sábado passado assinalámos os 450 anos sobre aquele momento em que o impressor António Gonçalves, a 12 de março 1572, em Lisboa, deve ter folheado o primeiro exemplar.
Não abriu nenhum telejornal, claro, mas hoje gostava de vos falar de Danny Susanto (professor na Universitas Indonesia, em Jacarta) que falou de Camões e de ‘Os Lusíadas’ num congresso sobre o tema; tudo online, organizado na Ásia, mas virtualmente em Ternate, no arquipélago das Molucas, lugar essencial dos roteiros camonianos – onde Camões teria começado (ninguém garante) o poema. Foi um belo dia para Danny Susanto: cumpriu um dos objectivos da sua vida – traduzir ‘Os Lusíadas’ para indonésio. Saiu agora e está disponível. Um abraço para Jacarta.
MILITARES
O grupo de militares adoradores de Putin nas nossas televisões são espécie rara: enlouquecem com ditadores, vibram com a destruição, lamentam que a Ucrânia não se tenha rendido à cavalgadura máscula do Kremlin. São idiotas liliputianos.
Como poema, é uma construção quase perfeita;