Em 1972, Luís Filipe Lindley Cintra, um dos nossos grandes linguistas (autor de uma bela gramática - com o brasileiro Celso Cunha), publicou um estudo sobre ‘Formas de Tratamento’ na Língua Portuguesa. Era outro tempo: grandes empresas ou instituições não me tratavam por ‘tu’ quando abria os seus sites (que não existiam nessa época) ou escutava a sua publicidade, até porque não me conheciam de lado nenhum. Ainda se usava o ‘vós’. Hoje tuteia-se muito - um abuso deselegante. O destrambelhamento é tão grande na nossa língua que, quando queremos insultar ou diminuir alguém, o tratamos por ‘senhor’. O "Sr. Trump", "o Sr. Macron", "o Sr. Putin", como já foi "a Sra. Merkel". Quando alguém trata uma pessoa por "o Sr. Santos", "o Sr. Montenegro", já se sabe que é para chacota (o líder do PS é arrapazado para "Pedro Nuno", não sei porquê). Diz-se ‘senhor’ e imita-se um esgar de nojo. Que saudades do tempo em que havia senhores. Na AR, já o Sr. Ventura trata as pessoas por ‘você’, o que é ainda mais agarotado. Que gente.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
O número dos sem-abrigo cresceu 23% de 2022 para 2023, e aumentou 78% nos últimos quatro anos. É uma coisa triste, mas é isto.
O que Dawkins vem dizer é que os pronomes dos tolos são pronomes dos tolos.
Do alto das montanhas, depois do socratismo, passámos a contemplar, como basbaques, uma rede de viadutos, armazéns e caminhos de betão.
Esplendor da Europa não voltará tão cedo, o caminho de regresso está cheio de fantasmas.
O grupo etário com maiores rendimentos começa depois dos 65.
Ventura e Gouveia e Melo são irmãos siameses nos objetivos e nos métodos: vale tudo.
O Correio da Manhã para quem quer MAIS
Sem
Limites
Sem
POP-UPS
Ofertas e
Descontos