A passagem de votos da esquerda para a direita radical que se repete pelo Ocidente, inaugurada em Portugal nas Legislativas de 2024 e 2025, tem definitivamente de ser encarada como um padrão. O assunto dá para páginas de conversa, mas hoje podemos ficar-nos apenas por afastar um mito, o de que o voto à esquerda vem das regiões e pessoas pobres, conduzindo à ideia errada de que são elas agora a votar na direita radical. Nem lá fora nem cá isso é verdade. Um mero olhar cursivo ao mapa eleitoral de 18 de Maio mostra que as regiões tradicionalmente de esquerda, que se situam a sul do Tejo e onde o Chega ganhou ou quase, não são as mais pobres. Algumas são-no, como o Alentejo interior, mas outras são bem dinâmicas, como o Algarve, o Alentejo litoral ou Setúbal. Muito mais pobres são regiões do Norte onde o Chega não entrou um milímetro.
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Não admira que, com a qualidade do debate político existente em Portugal, certas coisas nunca se resolvam por cá.
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Se Israel está a conduzir uma guerra, talvez devesse perceber que não a está a ganhar nos termos actuais.
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