Aqui há uns anos, fui assaltado à mão armada em São Paulo. Contei o episódio a amigos locais. Nenhum se mostrou impressionado e vários tinham histórias semelhantes para partilhar. A violência fazia parte do quotidiano.
Passa-se o mesmo em Portugal com a criminosa incompetência do Estado. Em junho, a tragédia dos incêndios estremeceu o País com a sua lista de mortos e feridos. Em outubro, também. Mas agora, com a legionella, pressinto uma sensação de cansaço: mais dois mortos, mais 38 infectados.
Onde está a novidade? E o hospital, que nem sabe onde está o foco da contaminação, continua aberto – e seja o que Deus quiser. Se juntarmos dois cadáveres removidos dos velórios para autópsia – esqueceram-se de avisar o Ministério Público – percebemos melhor como o grotesco se tornou banal.
Eis o sonho de qualquer governo: ter um povo anestesiado que olha para a anormalidade como se ela fosse normal.
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André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.
Se a esquerda prefere perder as eleições a engolir Seguro, são dois vazios que Cotrim preenche.