No século XXI, 20% dos portugueses continuam a votar em partidos comunistas. Motivos? Sim, a memória da ditadura. Sim, a força sindical que ainda faz tremer governos. Mas a sobrevivência do comunismo explica-se pela pobreza material e mental do país – exactamente por esta ordem: num país de pelintras, o ressentimento perante a riqueza é a única linguagem permitida.
Na cabeça do ressentido, a economia é sempre um jogo de soma nula: se existem ricos é porque houve um roubo aos pobres. Donde, é preciso ‘perder a vergonha de ir buscar dinheiro a quem está a acumular’, para usar as palavras de uma teórica da seita.
Perante isto, compreende-se a cara de náusea que PCP e Bloco exibiram perante o voto de pesar a Belmiro de Azevedo.
O empresário não era apenas um ‘capitalista’. Era uma ameaça real.
Os camaradas sabem que, num país com mais Belmiros, eles seriam os primeiros a desaparecer da paisagem.
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Nas próximas presidenciais, e contando com dois mandatos para o próximo inquilino, a abstinência pode chegar aos trinta.
André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.