Quantos negros há em Portugal? Peço desculpa pela pergunta mas a pretensão do governo autoriza-a.
Durante anos, aprendi que as pessoas não se definiam pela pigmentação da pele. Os portugueses eram uma imensa salada e qualquer tentativa de os tribalizar era uma exibição grotesca de racismo.
Ledo engano. O governo, para os Censos de 2021, pretende dividir a plebe em guetos étnico-sociais. Um abuso constitucional?
Nem por isso. Basta justificar a medida com ‘projectos específicos’ (saber quantos negros sabem cantar ‘Amar Pelos Dois’, por exemplo) para que o problema fique resolvido.
Como dizia Amartya Sen, não há nada mais indigno do que ‘miniaturizar’ o ser humano na jaula da ‘identidade’.
Mas o governo não se importa de tratar os portugueses como gado, dividindo a espécie pelos respectivos currais.
Com sorte, fica a conhecer o seu eleitorado. Depois, é só alimentá-lo com uma ração diferenciada.
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Nas próximas presidenciais, e contando com dois mandatos para o próximo inquilino, a abstinência pode chegar aos trinta.
André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.