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João Pereira Coutinho

João Pereira Coutinho

O pântano está vivo

09 de outubro de 2016 às 00:30

António Guterres prepara-se para ser secretário-geral da ONU e uma pessoa pasma com os textos que se escrevem. Falo dos textos da nossa elite política, que não poupam nos elogios para retratar uma figura que não é deste mundo. O que terá pensado Guterres daqueles que fazem a sua canonização ainda em vida?

A pergunta já teve resposta. Não hoje, mas há 15 anos, depois de uma derrota nas autárquicas. Guterres saía de cena para não suportar o ‘pântano’ de um país político que ele olhava com desprezo. Aliás, se dúvidas houvesse sobre esse desprezo, Guterres voltou a exibi-lo em entrevista recente: política em Portugal? Não, obrigado.

Muitos dos bajuladores de Guterres são os mesmos que ele abjurou com cara de náusea – e distância higiénica vitalícia. Que eles venham agora lamber as mãos de quem os rejeita, eis a prova de que Guterres sabia do que falava naquela noite distante de 2001.

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