António Guterres prepara-se para ser secretário-geral da ONU e uma pessoa pasma com os textos que se escrevem. Falo dos textos da nossa elite política, que não poupam nos elogios para retratar uma figura que não é deste mundo. O que terá pensado Guterres daqueles que fazem a sua canonização ainda em vida?
A pergunta já teve resposta. Não hoje, mas há 15 anos, depois de uma derrota nas autárquicas. Guterres saía de cena para não suportar o ‘pântano’ de um país político que ele olhava com desprezo. Aliás, se dúvidas houvesse sobre esse desprezo, Guterres voltou a exibi-lo em entrevista recente: política em Portugal? Não, obrigado.
Muitos dos bajuladores de Guterres são os mesmos que ele abjurou com cara de náusea – e distância higiénica vitalícia. Que eles venham agora lamber as mãos de quem os rejeita, eis a prova de que Guterres sabia do que falava naquela noite distante de 2001.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Nas próximas presidenciais, e contando com dois mandatos para o próximo inquilino, a abstinência pode chegar aos trinta.
André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.