Este ano Portugal já conseguiu uma enorme proeza – e, neste caso, isso não é bom. O país foi capaz de atravessar uma campanha eleitoral sem discutir um dos principais temas que vai definir o nosso futuro coletivo nos próximos anos: a guerra na Ucrânia, e as consequências que ela terá na integração europeia, na economia, no fornecimento de energia e, sobretudo, no investimento que terá de ser feito na segurança e defesa. Sim, são assuntos chatos e complexos, que não galvanizam multidões nem dão votos, sobre uma realidade distante para um país que olha para o que se passa com a tranquilidade e segurança proporcionadas pelos mais de 3.000 km que separam Lisboa de Kiev. Há uns anos, ao acompanhar uns exercícios militares da NATO, um colega Romeno perguntou-me: “Se os russos invadirem, os portugueses vêm lutar por nós?” Na época, em que uma invasão russa parecia uma impossibilidade, respondi que “sim”, que éramos “aliados e amigos”. Hoje, que a hipótese de uma guerra generalizada é real, é importante haver uma discussão séria sobre o assunto. Até às eleições europeias, o país terá uma nova oportunidade de o fazer. Vamos tentar não cometer a mesma proeza de ignorar o elefante na sala.
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