Gisèle Pelicot era uma mulher como as outras. Casada, teve vários empregos até se reformar e entreter os dias em passeios com o seu cão. Com o marido teve três filhos, estes por sua vez deram-lhe netos e parecia destinada a passar o resto dos dias numa paz tranquila. Até que o seu mundo se virou ao contrário. Descobriu que o marido com quem passara a vida decidira, na última década, drogá-la para numa primeira fase a violar e numa segunda abrir a porta de casa para que dezenas de outros homens o fizessem, enquanto estava inconsciente. Ao todo foram mais de 70, dos quais 51 foram identificados. Passaram quatro anos desde a descoberta. Quando o julgamento do marido e dos cúmplices começou, em vez de se esconder, como seria compreensível, Gisèle decidiu enfrentar os agressores com coragem e dar a cara. Pediu um julgamento à porta aberta para que todos testemunhassem aquilo por que passou – e nunca se arrependeu. A dignidade com que enfrentou o inferno tornou-a um símbolo em França da luta contra a violência sexual por que passa um incontável número de mulheres. Já o marido, Dominique, será um símbolo do mal e da depravação. Merece os 20 anos de pena máxima a que foi condenado.
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