Caro leitor, imagine que um partido nazi “português" (contradição nos termos) repristina a velha doutrina e descobre que a presença de judeus, apesar do "benfazejo" édito de expulsão de D. Manuel I, é responsável pela decadência da pátria. E imagine que publica a lista de apelidos de origem judaica ou usados por cristãos-novos para escaparem às malhas da inquisição. Se for titular de um desses apelidos inúmeros e anódinos, e se a força delatora ameaçar tornar-se maioritária, deverá temer pelo seu futuro. Ora, que efeitos terá a divulgação de listas de nomes de crianças de origem estrangeira, associada a um discurso de responsabilização dos imigrantes pela prática de crimes e pelas nossas agruras sociais? Não induzirá nessas e noutras crianças sentimentos de vergonha, medo, ira ou raiva? Não será um atentado contra o direito ao (bom) nome, que resume as raízes de cada ser humano e lhe fala dos seus pais? Não será uma instrumentalização de inocentes para fins políticos, desinteressada dos "efeitos colaterais"? Não violará o imperativo categórico kantiano, cujo autor, que se saiba, não provinha do Indostão nem professava a fé islâmica?
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