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11 de fevereiro de 2021 às 17:55

Governo mantém medidas para travar pandemia e admite confinamento até março

O primeiro-ministro português, António Costa, falou esta quinta-feira à tarde aos jornalistas no Palácio da Ajuda, em Lisboa, após a reunião do Conselho de Ministros, no mesmo dia em que foi aprovada a renovação do Estado de Emergência no Parlamento até 1 de março.

No "essencial", vão ser mantidas as medidas do anterior estado de emergência à exceção da venda de livros e material escolar que Marcelo Rebelo de Sousa "proibiu [o Governo] de proibir", anunciou António Costa.

António Costa admitiu ainda que o "desconfinamento não está no horizonte" prevendo-se que o confinamento atual, ou semelhante, se mantenha, pelo menos, até março. 

Em cima da mesa estão dois fatores de risco que levam o Governo a manter regras mais apertadas: as novas variantes da Covid-19, que agravaram a terceira onda da pandemia em Portugal, e a falta de vacinas. O primeiro-ministro sublinha ainda que a falta de vacinas não é um problema que esteja nas mãos do governo português, mas sim da indústria que não está a produzir tanto quanto seria desejável. 

Relativamente à Páscoa e ao Carnaval, Costa afirma que, no primeiro caso, "não será como a conhecemos" e que no Carnaval não haverá festejos.

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 17h52

"Não só travámos o crescimento e novos casos, como diminuímos ritmo de crescimento de novos casos"

António Costa fala ao País. O primeiro-ministro começa por dizer que o confinamento está a produzir resultados nas últimas semanas. 

"Não só travámos o crescimento e novos casos, como diminuímos ritmo de crescimento de novos casos", anuncia Costa.

O primeiro-ministro afirma ainda que o RT situa-se atualmente nos 0,77, o mais baixo desde o início da pandemia.

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 17h55

"Estamos numa trajetória descendente"

Apesar do País estar "numa trajetória descendente" da doença, Portugal ainda tem cerca de 940 casos por mil habitantes.

Costa sublinha que há ainda um número extremamente elevado de internamentos, o que provoca uma pressão nas unidades de cuidados intensivos e, consequentemente, no Sistema Nacional de Saúde.

"Percebemos como estes numeros so completamente inaceitáveis", reforça.

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 18h00

Confinamento mantém-se em março

O confinamento deverá manter-se durante o mês de março, avança o primeiro-ministro, que sublinha a importância de manter o esforço com as medidas adotadas que estão a produzir bons resultados. "Ninguém tome esses bons resultados como sendo suficentes para aligeirar as medidas", alerta o Chefe do Executivo.

"Nós temos que manter o atual nível de confinamento, seguramente para os próximos 15 dias e que devemos assumi-lo realisticamente que o teremos que manter ainda durante o mês de março", diz.

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 18h02

Redução muito significativa do número de vacinas contra Covid-19

Primeiro-ministro anuncia dois riscos novos que devemos ter em conta: o primeiro prende-se com uma redução muito significativa do número de vacinas contra Covid-19 ao dispôr neste primeiro trimestre, em relação ao que foi contratado pela UE.

"No nosso caso, em vez dos 4,4 milhões de doses, nós vamos receber neste primeiro trimestre 1,98 milhões de doses, o que significa que a nossa capacidade de vacinação neste primeiro trimestre vai ser cerca de metade daquilo que estava previsto nos contratos assinados entre as farmacêuticas e a Comissão Europeia", avança.

Nas palavras do primeiro-ministro, o problema não está na distribuição nem na falta de recursos humanos para administrar a vacina, estando sim "fora de Portugal".

"O nosso problema não é distribuição ou recursos humanos, o problema esta fora de Portugal e fora do nosso controlo que é a capacidade de produção por parte da indústria", admite.

Costa reforça que as novas variantes exigem cuidados redobrados e fala numa "situação extremamente grave".

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 18h12

Governo vai manter o essencial das medidas já em vigor

O Governo vai manter o essencial das medidas já em vigor.

"As medidas que fomos forçados a adotar tem custos na aprendizagem, na economia na vida das pessoas , estamos ainda longe de o conseguir e por isso neste momento o que nos temos de focar é seguir estas medidas, todos desejamos poder levantar [as medidas]", relembra.

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 18h16

"É prematuro anunciar qualquer alteração ao funcionamento atual das escolas"

"É prematuro anunciar qualquer alteração ao funcionamento atual das escolas", frisa o primeiro-ministro, que garante ainda que não existirão festejos de Carnaval e que a Páscoa "não será como a conhecemos".

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 18h21

Objetivo passa por vacinar 70% da população até no final do verão

O objetivo do Governo passa por vacinar 70% da população até ao final do verão, o valor necessário para a imunização geral.

"Para cumprir estas metas há uma condiçao fundamental que é que quem produz as vacinas as produza na quantidade necessária e a distribua", diz António Costa.

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 18h26

País fechou 2020 com um dos maiores défices de sempre

Questionado sobre a economia e o desemprego, o primeiro-ministro afirma que o País fechou 2020 com um dos maiores défices de sempre, depois de ter saído de 2019 com excedente orçamental.

No entanto, Costa destaca dois fatores positivos a ter em conta. O primeiro prende-se com a IRS que, apesar da crise, continuou a aumentar; relativamente aos níveis de desemprego, estes não foram tão baixos como os previstos.

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 18h28

"Quanto maior for o confinamento mais rapidamente controlamos a pandemia"

António Costa voltou a reforçar que "quanto maior for o confinamento mais rapidamente controlamos a pandemia", admitindo ainda que "o desconfinamento não está no horizonte".

Em causa estão os dois riscos apresentados anteriormente pelo Chefe do Executivo, como as novas variantes e o menor número de vacinas que chegam ao País. "Regra é manter tudo como está", reforça.

Relativamente à venda de bens não essenciais em supermercados e hipermercados, a medida mantém-se em vigor. A exceção aplica-se à venda de livros e material escolar.

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