Sérgio Moro comandou os processos da Operação Lava Jato e condenou e mandou para a cadeia alguns dos políticos e empresários mais importantes do Brasil.
O ex-juiz Sérgio Moro, que comandou com mão de ferro os processos da Operação Lava Jato e condenou e mandou para a cadeia alguns dos políticos e empresários mais importantes do Brasil, como Lula da Silva e Marcelo Odebrecht, filiou-se esta quarta-feira ao Partido Podemos numa cerimónia em Brasília transmitida ao vivo por várias emissoras de televisão. Num longo discurso após a filiação, Moro apresentou o que chamou as primeiras propostas de um ambicioso plano para mudar o Brasil e falou como candidato às presidenciais do próximo ano, sem no entanto assumir oficialmente essa candidatura.
Abordando um vasto leque de assuntos, Moro avançou que o plano em que ele e o Podemos estão a trabalhar pretende erradicar a corrupção no Brasil, meta que diz ter perseguido quer como juiz quer depois, como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro entre 2019 e 2020, erradicar a pobreza extrema, reduzir drásticamente a desflorestação da Amazónia e garantir a inclusão de camadas da população hoje marginalizadas, como pessoas com deficiência e moradores de periferias. Em alfinetadas claras ao atual presidente, Jair Bolsonaro, com quem rompeu em abril do ano passado, Moro afirmou que pretende combater o uso de instituições oficiais para favorecimento pessoal ou de familiares, como ele acusou o chefe de Estado de fazer ao intervir na Polícia Federal para proteger os filhos de investigações, e o uso das Forças Armadas como forma de ameaça e pressão contra adversários e outros poderes.
O antigo magistrado acrescentou que nunca teve qualquer desejo de poder ou inclinação para a política, mas que percebeu que chegou a hora de fazer algo a mais pelo seu país. Segundo ele, o plano em que está a participar será firme e vigoroso na defesa dos interesses dos brasileiros, mas jamais será agressivo, numa nova farpa ao estilo truculento de Bolsonaro.
Num momento curioso, logo no início da cerimónia, Sérgio Moro tocou num assunto bastante comentado nos bastidores, a sua estranha voz, que já foi comparada a de um robot e até à de personagens da Disney. Ele pediu aos que o apoiam que esqueçam a sua voz, pois, salientou, o Brasil não precisa de políticos com voz bonita e sim de políticos que solucionem os problemas do país.
O Partido Podemos é o antigo Partido Trabalhista Nacional, PTN, um partido criado em 1996 e que até hoje é comandado pela mesma família, a da deputada Renata Abreu, sua atual presidente. Sem uma ideologia definida, o Podemos já se aliou tanto à esquerda quanto à direita e com a filiação de Moro e a provável candidatura deste às presidenciais de 2022 pretende ampliar o seu peso no cenário político nacional brasileiro.
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