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Carlos Rodrigues

Carlos Rodrigues

Diretor

Estará o líder do CDS a preparar nova demissão irrevogável?

03 de outubro de 2025 às 00:32

Depois da frase forte usada ontem pelo ministro da Defesa, o mais certo é que estejamos a caminho de uma nova demissão irrevogável no CDS, e talvez o Governo tenha que ser recomposto. Claro que a frase inicial do Bilhete Postal de hoje é uma pequena brincadeira, porque estamos em campanha eleitoral para as autárquicas, e nada do que o líder do CDS, Nuno Melo, afirmou sobre o problema do momento deve ser levado muito a sério. Vejamos: ao comentar o sucesso da flotilha humanitária que rumava a Gaza, o governante fez a mais forte crítica que é possível fazer à política do Executivo de que o próprio Nuno Melo faz parte e apoia no Parlamento. Vejamos: “Manifestamente, constato uma iniciativa panfletária, que considero irresponsável, em direção a um território ocupado por uma organização terrorista, responsável por um ataque que vitimou mais de 1200 pessoas em Israel.” É a declaração do responsável da Defesa de um Governo que acaba de reconhecer o Estado da Palestina, numa decisão absurda, nas atuais circunstâncias, para um Governo de direita, porque se destina unicamente a satisfazer a quota do politicamente correto que costuma ser mais adequada a movimentos como o Bloco de Esquerda. O CDS já tinha perdido a relevância. Pelos vistos, prefere perder também a alma em vez de obrigar os seus colegas no Conselho de Ministros a um exame de consciência.

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