Carlos Rodrigues
DiretorCordato, ordeiro e prudente. Sempre imaginei o PS de José Luís Carneiro exatamente como foi nas autárquicas. Muito trabalhador, sensato, sem qualquer histerismo político, e com uma dose de sensatez equivalente ao nervosismo que tinha no tempo de Pedro Nuno Santos. Quem sabe o que teria acontecido nas legislativas do ano passado se o sucessor de Costa tivesse sido o antigo ministro da Administração Interna. Carneiro tem um perfil centrista, é católico, vem do interior, gosta de conversar e de ouvir, não levanta a voz por cima de ninguém, gosta de estudar os dossiês e procura as decisões racionais. Tudo motivos mais do que suficientes para tornar este PS muito mais frequentável pela maioria sociológica do País. Muito mais frequentável do que aquele outro PS, que foi a eleições legislativas no passado dia 18 de maio a cavalgar o caso Spinumviva. Talvez por receio das reações internas, ou para evitar qualquer divisão, a escolha do candidato a Presidente só agora vai chegar. Outro tema fechado é o orçamento, viabilizado pela abstenção. Se olharmos bem para este conjunto de circunstâncias, trata-se do secretário-geral a ganhar tempo para conseguir reconstruir o partido. Essa é a principal vitória de Carneiro nas autárquicas. Silenciou a contestação interna dos que olharão sempre para si com sobranceria, e que, na verdade, já afiavam as facas, apesar de nunca o confessarem. O líder pode agora perseguir a reconciliação do PS com os portugueses.
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Por Carlos Rodrigues
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