Carlos Rodrigues
DiretorA forma como decorreram as eleições no Benfica é exemplar e deve orgulhar o clube, quer pela adesão em massa dos sócios, quer pela inexistência quase absoluta de incidentes, facto notável numa organização tão complexa e onde os votos foram contados à mão. Foi um ato democrático extraordinário, pedagogicamente útil para a comunidade.
Vai agora haver uma segunda volta, com duas propostas totalmente opostas, e quase incompatíveis, sobre o que é o Benfica, e que caminho deve seguir.
O atual presidente surpreendeu ao ganhar a primeira volta, e com uma vantagem confortável. Rui Costa corporiza um projeto basista, de envolvimento dos adeptos como força motriz da instituição, o que o leva a assumir com humildade que teve de aprender o trabalho de presidente, numa tentativa de reforçar a imagem de um líder construído a pulso, o oposto do homem providencial ou com berço de ouro.
Para continuar à frente do clube vai ter que derrotar Noronha Lopes, cujo projeto é o oposto: um Benfica de pendor lisboeta acentuado, tecnocrático e com uma elite que se sente no direito de gerir e endireitar a instituição. Vem seguramente daí a tradicional dificuldade de Noronha Lopes na votação fora da Grande Lisboa.
Os dois candidatos têm duas ideias completamente antagónicas para o clube. Ambos terão como principal desafio voltarem a mobilizar o respetivo eleitorado.
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Por Carlos Rodrigues
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