Na cidade onde passei a adolescência havia cinema apenas ao fim de semana (hoje nem isso), de modo que tive de esperar até à idade adulta para ver ‘A Leste do Paraíso’, de Elia Kazan – mas já tinha lido o livro de Steinbeck, de modo que já esperava o olhar e o sofrimento de Cal Trask, interpretado por James Dean.
O olhar, todos nos fixamos naquele olhar, que se transfigura e revolta em ‘Rebel Without a Cause’, ‘Fúria de Viver’ (também de 1955, de Nicholas Ray), ao lado de uma das mais belas mulheres do cinema, Nathalie Wood.
Jimmy Dean morreu há exatamente 60 anos (cumpridos hoje), num acidente de automóvel; ‘Fúria de Viver’ estreou um mês depois da sua morte (a 27 de outubro), e só no ano seguinte sairia ‘O Gigante’, um western cheio de amargura, de melancolia e de olhares fatais, o de Dean e o de Elizabeth Taylor (Rock Hudson completava um grande trio).
Ao especular sobre o que teria sido James Dean, se não tivesse morrido há 60 anos, o melhor é ver estes grandes filmes.
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