Periodicamente, um grupo de patriotas aparece a defender a dobragem de filmes em português. Há dois argumentos que invocam a seu favor: que é para defender a língua e, depois, porque dará emprego a mais gente do teatro e do cinema. Lamento pela "gente do teatro e do cinema", claro; quanto ao argumento da "defesa da língua", não me convence. Sei que é moda entre meninas ‘millenials’ falarem em inglês para parecerem menos pacóvias, ler em inglês e terem pequenos orgasmos em inglês – mas uma das vantagens de termos legendas em português nos filmes e nas séries da televisão é que ainda somos capazes de ler com alguma facilidade, ao contrário do que acontece em França ou nos países anglo-saxónicos. Em Inglaterra, pelo que li num relatório recente, a inaptidão para compreenderem o que está escrito num jornal ou para ouvirem outra língua que não a da sua cidade constituem um problema em crianças até aos dez anos. E, claro, temos a vantagem de ouvir Lauren Bacall ou Humphrey Bogart na versão apropriada.
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