Lauren Bacall (1924-2014) e Humphrey Bogart: o casal começou a sua vida em ‘Ter ou não Ter’, de Howard Hawks, adaptando um livro de Hemingway, e atuou ainda em ‘Paixões em Fúria’ e ‘À Beira do Abismo’ (‘The Big Sleep’, o romance de Raymond Chandler). No primeiro dos filmes, Bacall é uma miúda de vinte anos; no terceiro, de 1946, construiu a sua figura para sempre: felina, sensual, aquela voz poderosa, a beleza divertida, o olhar impossível de capturar. Passa hoje o seu centenário e a lista dos seus filmes é longa - mas foi tão discreta quanto um mito poderoso na história do cinema. A cena do assobio com Bogart é notável (vão ver, está no primeiro filme) e definitiva. Em 1993, num almoço em Troia, fiquei à sua frente (devo-o a Salvato T. Menezes); ela fumava Chesterfield sem filtro e eu, amedrontado, consegui dizer três ou quatro frases, uma delas "gosto tanto de si". Ela deitou a cabeça para trás e riu. "Desculpe, não fui capaz de melhor", disse-lhe. Acendeu um novo cigarro: "Mas disse. Já não foi mau."
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