Conheci Antonio Cicero (1945-2024) no Rio de Janeiro, durante um jantar de amigos em Ipanema. Eu gostava muito (e gosto) de Marina Lima, sua irmã, que cantava versos de Antonio – como Adriana Calcanhotto (e Caetano Veloso), e portanto o jantar foi maravilhoso. Quem primeiro me mostrou a sua poesia foi Jorge Reis-Sá, editor da Quási, que em 2002 publicou ‘Guardar’, e outros dos seus livros – e que recentemente reeditou ‘A Cidade e os Livros’. Cicero era terno, amável, cultíssimo, um cavalheiro – partiu agora, num ‘procedimento de morte assistida’, despedindo-se por carta. Por mais que as coisas estejam certas e sejam definitivas, o adeus é um adeus; Cicero gostava muito de Portugal e deu conferências notáveis em Lisboa – era filósofo, um pensador atento e raríssimo na nossa língua. "Meu amor não vai haver tristeza/Nada além de fim de tarde a mais", uma canção de Marina. Ou, para Adriana: "Adoro esse olhar blasé/que não só já viu quase tudo/mas acha tudo tão déjà-vu mesmo antes de ver." Adeus, Antonio.
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