Isto tem a ver com o calor carioca, claro. Mas Leila Diniz (1945-1972) entra na categoria das musas do Rio de Janeiro e não é por bom comportamento. Carlos Drummond de Andrade, que não andava de calções nem havaianas, disse um dia que Leila “soltou as mulheres de vinte anos presas ao tronco de uma especial escravidão”. Mas as feministas radicais detestavam-na. Visito as fotos desse tempo; a mais famosa, de 1971: Leila em Ipanema, grávida, de biquíni (da filha Janaína, cujo pai é o cineasta moçambicano Ruy Guerra), e que provocou um escândalo ainda maior do que a sua célebre entrevista cheia de palavrões. Era “o ar do tempo”, o fim da década de 60, certamente - mas, no Brasil da ditadura militar, isto meteu mandato policial, declaração sobre moral pública, despedimento da Globo e uma fama explosiva. Atriz de novela, de teatro e de cinema, Leila Diniz morreu aos 27 anos num acidente aéreo na Índia, quando regressava de uma tournée australiana. O Brasil nunca mais foi o mesmo depois de Leila Diniz. Faria hoje 80 anos.
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