A estrada N1 vem de Pemba, a antiga Porto Amélia, segue para o sul em Metoro mas, antes, cruza com Sunate, de onde se pode seguir para Ancuabe e, daqui, encontrar mais adiante a N14, que segue para oeste. Fiz este triângulo há anos quando estava a escrever um livro sobre Moçambique. Nesta zona, segundo a ONU, só em julho houve cerca de 20 mil “deslocados”, um eufemismo para gente em fuga – e, há dias, duas aldeias “cristãs” foram atacadas e pessoas decapitadas. A notícia soma-se a outras que ocupam quartos de página ou meias colunas na imprensa. A cor da pele interessa: são pretos. Valem menos. Os ataques do ISIS levam milhares de vítimas em Moçambique, mortas a sangue frio – sobretudo mulheres e crianças capturadas em igrejas que são incendiadas. A cor da pele interessa. Anne Applebaum acaba de publicar uma violenta reportagem sobre o Sudão (“O conflito mais niilista da terra”, ‘The Atlantic’), com 14 milhões de deslocados e 150 mil mortos. Grandes partes de África estão a cair nas mãos do terror. Silêncio quase total.
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