Se repararmos bem, depois de ‘1984’, de George Orwell (publicado em 1949), todas as grandes distopias falam deste primeiro quartel do século XXI – e ainda lhe acrescento ‘Admirável Mundo Novo’, de Aldous Huxley (de 1932). Ao pegar em ‘Fahrenheit 451’, de Ray Bradbury (1953), ‘História de uma Serva’, de Margaret Atwood (1985), ‘Submissão’, de Michel Houellebecq (2015), ou ‘2084’, de Boualem Sansal (2015), estão lá os mesmos medos, as mesmas invasões e ditaduras grotescas, embora sob formas diferentes. Porém, ao contrário de Orwell, que descreveu a violência brutal e o ódio, estes autores anteciparam a desistência do humano, a abundância de paranoia e narcose, a defesa do prazer e da “felicidade” como um absoluto, a força destrutiva da televisão ou o respeito exagerado e doentio pela intolerância. Porém, para aprender as vagas lições da História, essas distopias não precisam de ser combatidas por novas utopias (que, como é habitual, levam a abomináveis regimes de terror) mas pelo simples bom senso e pela decência.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Ventura está a fixar o seu eleitorado, Seguro e Marques Mendes ainda não.
Sofisticação das nossas sociedades alberga revivalismos culturais mais retrógrados.
"Mortágua é como certas cabeças reinantes: não aprendeu nada e não esqueceu nada".
"Sócrates conta que a paciência do País se desgaste antes de a verdade surgir".
Paula Rego fez seis belas gravuras sobre excesso e embriaguez.
"A querela artificial do 25 de Novembro prova o abismo que separa as elites do povo".
O Correio da Manhã para quem quer MAIS
Sem
Limites
Sem
POP-UPS
Ofertas e
Descontos