Carlos Anjos
Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de CrimesNos últimos tempos, temos assistido a homicídios violentos, classificados como “ajustes de contas entre traficantes de droga”. Mas se alguns destes crimes ocorrem porque alguns traficantes “pouco éticos”, enganaram camaradas de profissão, a maioria dos casos que redundaram em homicídios, têm mais a ver com guerras de e pelo território. Tudo começa quando alguns destes traficantes foram “injustamente” detidos pelas Polícias. Finda a pena a que foram condenados, regressam aos seus bairros de origem, prontos a retomarem o seu lugar e a sua atividade. Mas confirmando o princípio de Isaac Newton, de que “a natureza tem horror ao vazio”, quando saem da prisão, são confrontados com o facto, do seu lugar de dono do tráfico naquele local, ter já um outro proprietário. A sua ausência forçada pela justiça, foi aproveitada por um novo empreendedor, como os mesmos princípios ou falta deles, e que se instalou no topo da pirâmide do tráfico e beneficiando dos lucros de tão proveitosa atividade, e que agora, não quer perder o lugar. E é aqui que as coisas se complicam. Um dos dois está a mais, e como nenhum quer desistir, até porque não sabem fazer mais nada, resta a violência; um tem de morrer. E é o que acontece. Mais do que um ajuste de contas, é a luta pelo posto de trabalho.
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Devem ser tratados como aquilo que são; não como sportinguistas mas como criminosos.
Este tipo de medidas, destina-se a proteger a sociedade de indivíduos perigosos, de criminosos por tendência.
Percebemos que aquele funicular era uma bomba relógio.
Mais do que um caso criminal, é um caso social.
Neste ano falhamos na prevenção de forma estrondosa.
Perturbação tem sido causa de homicídios em contexto de violência doméstica.
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