Está na hora de defender o ministro das Finanças: é óbvio que Mário Centeno não mentiu quando negou qualquer compromisso com António Domingues. O compromisso, afinal, foi com os advogados de Domingues, que até tiveram a fineza de soprar o decreto- -lei para a nova administração da Caixa.
Confrontados com esta revelação, mentes perversas dirão que o país bateu no fundo e que Centeno devia fazer as malas sem demoras. Não vou tão longe. Se a competência legislativa já não se limita ao parlamento (e, em certas matérias, ao governo), então talvez não fosse inútil realizar eleições regulares para que os portugueses pudessem escolher os escritórios de advogados que participam na governança.
Claro que, para as mentes perversas, isso seria um insulto à Constituição. Calma, povo: estou certo que é possível encontrar um escritório de advogados que possa reescrever a lei fundamental para nós.
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Nas próximas presidenciais, e contando com dois mandatos para o próximo inquilino, a abstinência pode chegar aos trinta.
André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.